Meus fúteis pensamentos

 Pompeú acordou muito cedo. Após uma manhã inteira de caça se sentia com muito sono, então resolveu cochilar, disse então a seus companheiros que iria cochilar um pouco e logo os alcançariam. Pompeú deita e fecha os olhos lentamente, e lentamente os abre, se espanta com o que vê ao seu redor, o mundo inteiro em chamas, coisas que ele nunca tinha visto antes, seus companheiros todos mortos. Havia ele acordado no fim dos tempos. Se colou a dormir novamente na esperança de que isso fosse um sonho, e tentou dormir até a eternidade. Diz-se que em algum lugar no nosso tempo Pompeú está a cochilar sem conseguir, e nada pode o acordar.

 Você já não aguenta mais a realidade, não suporta as pessoas, não tolera a si mesmo. Então você começa a cavar um buraco, você continua cavando e cavando, e durante esse processo você vai cansando, ficando ansioso, ofegante, sujo, depressivo e tudo que é de ruim, as paredes são estreitas, está escuro, você só quer morrer.  Depois de muito tempo  você chega ao fundo, então você despenca, e nessa queda é um outro processo, você se entrega, desiste, aceita seu fardo, você vive o seu último momento.  Você cai em um lago e lá você aceita tudo sobre si mesmo, aceita que é o homem mais inútil do mundo, aceita que ninguém jamais o  amará, aceita a morte,  ali você já não se importa mais com nada. Porém flutuando sobre as águas, ao olhar pro teto você repara nos cristais brilhando, na água cristalina, e você entende e compreende quem em toda vida sempre esteve com você, você mesmo. Ali está o que chamo de coffee bed, o melhor lugar dentro de si.  A partir daí ...